E não é que subi. Subi sem querer é verdade. Fui indo, indo.
Quando percebi já estava nesse lugar. Claro, vê só! Mas que não é seguro. Teto
de telha, que nem é assim tão alto. Mas você aí que está lendo esse textico, por
acaso já caiu de um teto de telha? Do teto mesmo já vi caírem, de repente
abriu-se um buraco e a pessoa foi-se pra baixo. Pensando na metáfora, sim, já
caí também. É, tava lá no tal teto, de bobeira, vacilando, aí veio o buraco. Escuro,
estreito, profundo. Ah tenho medo sim, porque uma vez no teto, sempre se corre
o risco do buraco. E em buraco estreito a gente entala. Ave Maria!
Quando você está no teto, perde a paz, vai pisando em falso.
No teto a gente se descabela, se desconhece. Quem se julga trabalhado na
segurança, fica ali, só sacando o limite, isso é chato... Normalmente limite de
teto é curto, não dura muito, com pernas pernudas como as minhas, sei lá,
talvez uns seis, sete passos. Gente, sete passos de limite é pouco para o que
quer que seja. Mas já tô lá, o que vou fazer? Tô. Lá, aqui, sei lá. Não sei bem
da localização do teto, mas tô nele. Por hora não dá pra fazer é nada. Mas tô ligada, viu? Qualquer coisa, me atraco com a escada.
0 Heim?!:
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