terça-feira, 10 de junho de 2014

Uma escada, por favor?!

E não é que subi. Subi sem querer é verdade. Fui indo, indo. Quando percebi já estava nesse lugar. Claro, vê só! Mas que não é seguro. Teto de telha, que nem é assim tão alto. Mas você aí que está lendo esse textico, por acaso já caiu de um teto de telha? Do teto mesmo já vi caírem, de repente abriu-se um buraco e a pessoa foi-se pra baixo. Pensando na metáfora, sim, já caí também. É, tava lá no tal teto, de bobeira, vacilando, aí veio o buraco. Escuro, estreito, profundo. Ah tenho medo sim, porque uma vez no teto, sempre se corre o risco  do buraco. E em buraco estreito a gente entala. Ave Maria!
Quando você está no teto, perde a paz, vai pisando em falso. No teto a gente se descabela, se desconhece. Quem se julga trabalhado na segurança, fica ali, só sacando o limite, isso é chato... Normalmente limite de teto é curto, não dura muito, com pernas pernudas como as minhas, sei lá, talvez uns seis, sete passos. Gente, sete passos de limite é pouco para o que quer que seja. Mas já tô lá, o que vou fazer? Tô. Lá, aqui, sei lá. Não sei bem da localização do teto, mas tô nele. Por hora não dá pra fazer é nada. Mas tô ligada, viu? Qualquer coisa, me atraco com a escada.   
 
Era pra ser Ursula. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino