De quatro. Feito cão mesmo.
Babando até. Como o cão.
Latindo também. Com a boca bem aberta.
Em alerta, como que em guarda. Ainda o cão.
Hora feroz, hora com ladainha.
Ladainha de cão sabe? Aquela choramingação.
Com um circo de muitas pulgas, atrás das duas orelhas
pontudas.
Pulgas mágicas, trapezistas, vendedoras de pipoca, palhaças...
Pulgas barbadas, atrizes, bailarinas, acrobatas...
Entre outras coisas pulgas pulam.
Entre outras coisas pulgas pulam.
Triste cão.
Pensa torto e tem muita imaginação.
Segue rosnando pra ladrão, que ninguém viu passar, nem sabe
onde está.
Agonia de cão, sem ser cão de verdade, daqueles com
liberdade, pra vazar por aí, língua de fora, em disparada que é corrida desembestada .
Mas que vive, o não cão, no disparate de latir, babar,
rosnar e abanar rabo até.
Sem pensar no ridículo que é, bancar o cão sendo mulher.
2 Heim?!:
Fantástico! Uma contundente auto-ironia de só quem de fato sabe escrever! Meus aplausos!
GK
Obrigado Gugu Keller!
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