Para
quem perde as listas todas, não ter resoluções poderia ser uma resolução.
Poderia.
Mas
parece coisa de gente sem perspectiva, sem esperança, sem objetivos.
A
pessoa que quer ser melhor no ano que inicia precisa ter uma listinha de
resoluções. Está decidido.
Coisas inalcançáveis
podem sim constar na lista, porque depois de um ano, caso a fulana não tenha se
perdido, será uma boa piada e, rir de si mesmo é sempre um bom negócio, saída
de emergência próxima, geladinho de limão, que é azedinho, mas também adoça, refresca
e tem pouquíssimas calorias.
Pode
ser que pessoas indecisas demorem para concluir a tal lista. No meu ponto de
vista tudo bem! A gente não precisa mudar tudo, conseguir tudo, melhorar tudo,
iniciar tudo à partir de Janeiro. Janeiro é quente pra danar, o mundo tá meio
de férias, rola uma preguiça e, chegar no carnaval cansado não é recomendado.
Essas
justificativas Flavianescas estão no texto porque é quase 15 de Janeiro e por
aqui nada.
Nada
mirado, nada certeiro, nada faceiro.
Nada
revolucionário, nada power transformador, nada que não seja quase o mesmo.
Aí para garantir um texto com algum fim, faço a tal lista meio assim, sem muito
compromisso, como quem não tem nada com isso, porque cuidar da própria vida, direitinho, não é algo que se resolva assim, vapt vupt, numa teclada só.
Então segue a minha "Listinha pode ser que sim 2015, pode ser que sim":
- Seria maravilhoso parar de deixar as coisas todas pelo caminho. Tá, todas é muito. Reformulando: não deixar ao menos duas coisas, sem conclusão, pelo caminho.
- Dançar e amar mais. Porque quase não tem custo (veja bem, quase), faz bem para pele, para as articulações e da para juntar e farrear com uns corações. Vai dizer que é ruim? Que a vida não é melhor assim? Só no passinho. De dois em dois.
- Resolver o carma acadêmico (ou karma, sei lá, nunca sei qual é o certo), que me persegue há tempos correndo muito mais que eu.
- Entrar ou me livrar das "calças velhas". Apego que não vale a pena.
- Fazer economia para me livrar da miopia.
- Fazer economia para me livrar das dívidas.
- Fazer economia.
- Aprender a nadar? Sério, vários momentos constrangimento por não ter esse conhecimento.
- Ganhar na mega sena vale como meta minha que não depende só de mim? Acho que não né? Reformulando: aprender a jogar na mega sena, para quem sabe, talvez, ficar milionária e, poder fazer tudo certo e errado várias e várias vezes.
- Aprender a jogar no bicho, para quem sabe, talvez, ganhar alguns trocados.
- Ser menos barata tonta acreditadora. Não levo nada na promoção com isso.
- Ir mais ao teatro. É o fim ser atriz e não ver o tanto de espetáculos que não vejo.
- Siiiimmm, continuar indo aos shows preferidos, porque me faz um bem danado.
Uma ideia que pode ser válida é a de uma listinha a cada seis meses, a cada dois meses, a cada três anos, sei lá. Vai do gosto, tempo para isso e organização do listador.
No fim das contas, tô achando, que o que vale é viver sem esperar tanto do ano que é só mais um. E como os outros não manda nada do céu, mal tá mandando chuva. E a enxurrada de expectativas de que algo maravilhoso possa acontecer porque o tempo está passando e é só isso, pode ser tão frustrante...
Concluo (por hoje) essa história de resoluções com a certeza de que, se conseguirmos passar um tempo fazendo o que amamos, nos dedicando a algo em que verdadeiramente acreditamos e nos alimenta, tá valendo. "Só" isso, já é prática de quem está podendo.
0 Heim?!:
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