Sobre projetos

Janeiro e Fevereiro, além de terem sido meses de aniversário, cirurgia, fisioterapia, recuperação e falta de agitação no carnaval, foram (e ainda está sendo) meses de projetos.
Você conhece algum Ator?
Atriz?
Produtor, artista plástico e etc.?
Então você deve saber que esse povo vive de projeto. É uma coisa.
E como é que se escreve um projeto descente? Que alguém leia além da primeira página?
Não é fácil, fácil. Você precisa ser criativo, mas sem se pretensioso porque ninguém inventa a roda, a roda já existe faz um tempão. É como diz a velha frase “nada se cria, tudo se copia”. E se reinventa, se transforma. Aí que esta a graça da coisa.
É preciso escrever de forma clara, objetiva, mas sem ser técnico ou chato demais, você não vai querer que durmam enquanto seu projeto é lido. Projeto e relatório não é a mesma coisa.
Sobre erros de português não preciso nem comentar, são inaceitáveis.
É importante que haja um teco de sonho no projeto, mas sem ser viajandão, porque as pessoas precisam alcançar minimamente o que você quer dizer.
Não dá pra abraçar o mundo inteiro num projeto só, é importante que os objetivos sejam enxutos e alcançáveis, porém potentes.
Filosofar é bem vindo, mas o projeto não pode ir parar na lua, senão ninguém o traz de volta depois.
Pode sim rolar citações de outras pessoas, de pensadores, de escritores, mas a sua idéia precisa estar ali.
E o mais difícil, o projeto precisa ter vida, pular do papel, passear em frente aos nossos olhos, quem lê precisa querer vê-lo acontecendo.
E ainda assim, contudo isso, você pode simplesmente não ser aprovado, não vencer a concorrência. Aí meu bem só num próximo edital, e como canta o gostoso do Tim Maia “começa tudo outra vez”, como paixão antiga, porque vai além de objetivo, é sonho e criação.

Agora a sorte está lançada, e se possível que venham todos de uma vez. Pode não parecer, mas temos braços para isso, os meus pelo menos são bem cumpridos, tenho amigas que me chamam de macaca por isso.