sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sobre Bailinhos

Cida Ribeiro e Lídia Sant'Anna
Ontem foi aniversário da minha amiga: Cida Ribeiro. Parabéns Cidoca!
E fomos ao Bar do Binho, a aniversariante, minha outra amiga a Lídia e Eu. O Bar do Binho se chama bar mas é um boteco (eu acho que bar e boteco são coisas diferentes). Boteco simpático que eu adoro, lá vende uma panqueca delícia e tem dois garçons que são super demais o Galo e o Belo. Garçom bacana é tudo na vida de um botequeiro, e esses caras criaram um sistema de segurança para as mocinhas botequeiras e quase indefesas, que afasta os malas de bar, é o máximo.
Então, estávamos lá de papo, nos empanturrando e tomando uma bebidinha quando derrepente tocou “Kiss and say good bye” do “Manhatans”, e as minhas amigas tiveram um momento de nostalgia. Começaram a falar das maravilhas dos bailinhos e de como elas foram felizes e coisa e tal. Infelizmente minhas lembranças não foram assim tão felizes, pelo menos não para mim já que elas riram bastante da minha cara.
Não vivi tão intensamente essa coisa de bailinhos, em que o povo dançava coladinho ao som de músicas românticas, peguei o final da história e de forma quase traumática. Acontece que na época eu devia ter uns 11 anos e vira e mexe rolava um bailinho na casa de alguém da vizinhança, eu sempre ia cheia de esperanças. É, acho que faz tempo que sou otimista. Nesse passado distante eu era um ser no mínimo estranho, sim porque já tinha praticamente a altura que tenho hoje (1,70), já devia calçar o número que calço hoje (38) e pesava muito, muito menos que peso hoje (não vamos falar de peso ok?!!). Eu também tinha um corte de cabelo horrendo chamado pigmaleão (sei lá se é assim que se escreve), e minhas madeixas eram incrivelmente mais volumosas que hoje em dia. Ou seja, eu era feia, bem feinha mesmo, pelo menos aos olhos dos garotos. Meus pais até deviam me achar bonitinha, mas no geral, os outros me achavam feia. E por isso era sempre rejeitada nas pistas, salas e quintais de dança. Só dançava com alguém quando acabava com a alegria de algum casalzinho, com a desmancha prazeres da vassoura. Alguém se lembra dessa história de dança da vassoura?
É não fui muito feliz com as melodias. Parti pra lambada, dançando lambada fui muito mais aceita e me diverti muito mais. Eu devia ser bem esquisitinha dançando lambada com minhas pernocas mui compridas, meu pezão gigante e cabeleira volumosa, mas beleza. Eu dançava até sozinha, e como é bom dançar não é mesmo?!
Vira e mexe encontro alguém dessa época, algum garotinho que me rejeitou ou alguma ex-gatinha, normalmente nem os reconheço e são eles que vem falar comigo. Devo confessar que tenho uma pontinha de alegria quando eles estão feiosos, fazer o que devo ser um pouquinho vingativa, assim são as mulheres.
Não acho que eu tenha crescido e virado uma super, hiper, mega power gata, mas com certeza fiquei melhor do que era. E acho uma pena que hoje em dia não role mais essa história de dançar juntinho. É que além de ser fofo, acho que nos dias de hoje eu dançaria mais.

Obs.: Caso eu tenha coragem coloco uma foto da época, mas ainda preciso criar coragem.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dia do Tosco

Decidi que hoje é o dia do Tosco. Não, não, pelo menos não que eu saiba, o dia do tosco não está no caledário e caso exista oficialmente pode ser em outro dia. O fato desse dia existir hoje aqui é decisão minha ok?!!! E por favor não levem a mau, pelo menos não muito, é que me divirto com coisas toscas como as que virão na sequência e com coisas bregas também. Sei lá isso está dentro de mim, é mais forte que eu.
E o blog é meu não é mesmo?! Então, posso postar absolutamente tudo o que eu quiser.


Piadinhas toscas: (não tenho a fonte, recebi por email)
- Qual é o melô da calcinha?
É de baixo da saia que eu vou....


- Qual é o melô do Rubinho Barrichelo?
Esse aí passou, esse aí passou... (Gera Samba)


- Qual é o melô da mulher de 40 anos I?
Nada ficou no lugar...


- Qual é o melô da mulher de 40 anos II?
Nada do que foi será, de novo de um jeito que já foi um dia... (Lulu Santos)


- Qual é o melô do surfista tarado?
Como uma onda no mar... (Lulu Santos)


- Qual é o melô do anão?
Então eu me afogo num copo de cerveja... (SPC)


- Qual é o melô da virgem?
Como é que uma coisa assim machuca tanto... (SPC)


- Qual é o melô da menstruação atrasada?
A semana inteira fiquei esperando... (Tim Maia)


- Qual é o melô do absorvente?
Pinga ni mim, pinga ni mim... (Sergio Reis)


- Qual é o melô do mudo?
Eu quis dizer, você não quis escutar... (Paralamas do Sucesso)


Agora com vocês frases toscas: (Fonte: www.osvigaristas.com.br)
- A única coisa que o cão precisa fazer para ser realmente o melhor amigo do homem é emprestar-lhe dinheiro.

- Malandro é o curupira que só faz gol de calcanhar.

- O pára-quedas é o único meio de transporte que, quando enguiça, você chega mais depressa.

- O arroto é um peido que subiu na vida.

- Quando ver a luz no fim do túnel, certifique-se de que não é um trem.

- Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental. Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, o retardado é você!
- Os Estados Unidos é um país tão desenvolvido, que até os mendigos falam inglês.
- Bem, ele pode ter todo o dinheiro do mundo, mas tem uma coisa que ele não pode comprar... Um dinossauro! (Homer Simpson)

- Eu não sou normalmente alguém que ora, mas se você estiver aí em cima, por favor me salve Superman. (Homer Simpson)

- Se você é capaz de sorrir quando tudo deu errado, é porque já descobriu em quem pôr a culpa.

- O sol nasce, a bicicleta anda, o lobo uiva e o urso panda.

- A internet não te deixa idiota. Só deixa a tua idiotice mais acessível aos outros.

- Se você está se sentindo sozinho, abandonado, achando que ninguém liga para você... atrase um pagamento.

- A canela é um dispositivo para encontrar móveis no escuro.

- Seu futuro depende de seus sonhos. Então, vá dormir!

- A regra é clara, quem tem medo de fazer merda, não deve comer.

- Um brinde a cerveja: a solução e a causa de todo os nossos problemas. (Homer Simpson)

- Feliz é o dono de sex shop que pode dizer: Pegue suas coisas e vá se foder...

- Existe um mundo melhor, mas é caríssimo.

- Amigos são como sutiãs: perto de seu coração e estão lá para apoiar.

- Cavei, cavei, cavei e continuarei cavando. Isso não é romântico mas é muito profundo.

- Casamento é a única instituição onde se conquista a liberdade por mau comportamento.

- Pior que não ter onde cair morto é não ter onde ficar em pé vivo.

- Se você se acha mais forte que uma galinha... bote um ovo.

- Eu bebo porque sou egoísta. Gosto que o mundo gire em torno de mim!

- Só me enganei uma vez: quando acreditei estar enganado! (Professor Girafales)

- Se a vida fosse fácil, bebê não nascia chorando.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Documentário

Eu comentei aqui que queria assistir o documentário sobre o Simonal né?! Pois bem assisti e vale muito a pena. Definitivamente nosso país não tem memória e no geral somos um bando de desinformados, precisa um trio (Cláudio Manuel, Micael Langer e Calvito Leal) fazer um documentário para que possamos conhecer a história desse puta artista, que com sua voz fantástica, com todo seu balanço, presença de palco e domínio total da platéia conquistou o Brasil e outros paises também.

O cara cometeu erros na vida, fez merda? Ta e daí? Quem é que não faz não é mesmo? E o que isso importa? Acredito que o artista é importante pela sua obra, pelo que ele representa artisticamente. Quer dizer que a pessoa é talentosa, trabalha pra viver com dignidade ou com muitíssimo conforto (depende do artista né?!) e ainda tem que ser exemplo. Exemplo de que? Exemplo pra quem? Esse papo é balela, em muitíssimos casos nem Pai e Mãe são exemplos de nada. E a tal da classe artística heim? Desunida e invejosa desde sempre? E a imprensa? Segue urubuzando a vida dos outros há tempos? E o preconceito, que não existe no Brasil longe de mim, segue por aí camuflado e nocivo? É, parece que sim.

E o cara morreu em 2000 a pouquíssimo tempo. Deprimido, alcoólatra, doente, esquecido. Tentando “limpar” seu nome e voltar a fazer parte da história musical do seu país. Nem de longe lembrava a figura feliz, carismática, sorridente e debochada do passado.
Triste fim pra um cara que abalou o cenário musical. Lotou teatros, casas de shows, estádio... Bom, ainda bem que existem registros e que hoje temos acesso ao furacão que foi Wilson Simonal.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Feio?

"Mentir é feio, mas é gostoso"
(Luis da Câmara Cascudo)
Quem interpreta bem sabe disso, quem escreve tambem.
É gostoso. Mais que feio. Bem mais.
Feio?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Só da eles

O Wolverine é o maior gostosão entre quase todos os gostosões (digo isso porque é possível que exista um gostosão mais gostosão que ele não é mesmo?!), sim assisti essa semana o filme X- Men, que conta a origem do super popular Wolverine. É difícil fugir de alguns filmes que todo mundo vê, até porque viram assunto e é um saco quando tooooodo mundo, ou quase, fica comentado algo que você não viu. Além do mais gosto de filmes de super heróis e coisa e tal.
As garras do Wolverine antes eram de osso, eu não sabia; ele tem um irmão mauzão, eu também não sabia (ta dando pra perceber que eu não li as histórias em quadrinhos né?!); ficamos sabendo por que o coitadinho forte e bonitão não tem memória nos filmes anteriores, a origem do seu pseudônimo e como rolou a história toda dos ossos de Adamantium. Enfim o bonitão ta lá o tempo todo, isso mesmo Logan de ponta a ponta do filme, isso é bom. Só achei o moço meio bonzinho demais, é, aquele mau humor dos outros filmes, as grosserias, aquele jeito rabugento de ser fez falta.


Também assisti o Anjos e Demônios com Tom Hanks, pois é o professor Robert Langdon está de volta todo serelepe. Desvendando mistérios, tentando evitar assassinatos, correndo de um lado para o outro em busca da verdade através do conhecimento, do raciocínio lógico e mais que rápido. É legal ver um “herói” que não sai descendo a porrada em ninguém, nem disparando todos os tiros possíveis ou dando gritinhos de arte marciais (não sou contra só acho diferente, interessante), talvez seja esse um dos motivos para o sucesso do filme e do anterior também O Código da Vince. Mas se minha memória não estiver me enganando (e isso acontece muito) no filme anterior o professor Langdon pelo menos pegava em uma arma. Não li os livros do Dan Brown (ta parecendo que eu não leio nada né, que só vejo os filmes, leio sim e que nesses casos sei lá, e depois que vejo os filmes não rola mais), e isso deve fazer diferença porque é muita informação, são muitos mistérios, dados históricos e tudo muito rápido, se você pisca demoradamente como a cantora Sandy já era, perde alguma coisa. O Tom Hanks continua com a mesma cara de anos e anos atrás não é mesmo? Eu acho. (não tem jeito sempre que o vejo lembro do desespero do naufrago com a perda do senhor Wilson, no meio do oceano, certamente a bola mais querida do mundo inteiro). Ah! No filme também tem o Ewam McGregor que eu adoro, ai como ele é fofo (suspiro), até vestidinho de padre.


Também não vejo à hora de assistir o documentário “Simonal, ninguém sabe o duro que dei”, tô quase enlouquecida é que adoro esse homem de vozeirão gostoso, sorriso largo e lindo, cheio de malandragem e suingue, que foi acusado de colaborar com a ditadura militar e levou fama de dedo duro, fama que o acompanhou para o resto da vida e “detonou” sua carreira. É por causa do pai que gosto do filho o Simoninha que também é um arraso, pois bem, vou assistir depois conto.

Já falei aqui do meu repentino e inexplicável bom humor de Sexta feira? Pois é, sempre acontece. Sem falha.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Vocabulário


Thuthuca: Moça Bonita
Hot Dog: Pão com Salsicha
Mano: Rapaz
Nem Ferrando: Jamais
Explêndido: ... Explêndido? Como era mesmo? ...
Ansiado: ??? Iiiii parei, meu vocabulário até parece meu salário

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sobre o Kani Kama


Bastãozinho de comida. Sim gosto, mas ele não tem personalidade própria, é volúvel, influenciável. Eu acho.
Quando está sozinho tem sabor, um saborzinho bom. Mas é só misturar com qualquer coisa, seja uma folhinha de alface ou um queijinho branco que pronto, se envolve. Se mistura tanto, a ponto de perder seu sabor, acho que isso acontece porque o Kani tenta “sugar” o sabor do outro, ou porque não se impõe minimamente, cede demais. Até o Chuchu (arg!) tem mais personalidade, pois pode estar sozinho ou com qualquer outra coisa que mantém o seu “sabor” de “nada aguado”. Se liga né Kani Kama. Não basta ser rico em proteína tem que aparecer. Seja você, seu gostosinho.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Suzana, Maria Padilha e a Oferenda - Final

“Vizinho, polícia o que mais falta me acontecer?” Pensava Suzana totalmente descontrolada.
Os três (Suzana, Jorge O Vizinho e O Policial) ficaram ali na maior confusão. Os dois (Suzana e Jorge O Vizinho) tentando se explicar ao mesmo tempo e o policial se esforçando para entender. Mas captando apenas algumas palavras e frases soltas:
“Que namorado, vizinho, só vizinho”
“Não bebi nem uso drogas é tudo por causa do despacho”
“Oferenda light”
“Posso ir? O senhor vai conversando com ele”
“Opa não sou eu que tô detonando o patrimônio público, espalhando frango por aí”
“Frango por aí?”
Perguntou O Policial faminto, pois já passava da hora do jantar e ele ainda estava de estômago vazio.

Enquanto os três discutiam o Pêu morador daquela esquina a uns 12 anos observava tudo meio de longe. Percebeu que ali perto dos três, em um dos seus postes preferidos havia alguma coisa. Esforçou-se para enxergar e aquela visão o deixou mais que satisfeito. “Um maço inteiro de cigarros e uma garrafa de champanhe!!! Há quanto tempo não bebo um champanhezinho?” Pensava Pêu. Começou a se aproximar cuidadosamente da oferenda, daquele jeito fedido e imperceptível que só os moradores de rua têm.
Num bote só pegou a garrafa, o maço de cigarros e os três cigarros soltos. Saiu de fininho contente, muito contente, dando um trago em um dos cigarros que já estavam acessos. A noite do Pêu estava boa, “pena não ter um franguinho”. Pensava o andarilho.

Suzana enfim conseguiu se explicar ao policial, disse que estava ali andando pela rua e que aquele moço (O Jorge), que dizia ser seu vizinho começou a lhe importunar. Jorge por sua vez com medo do policial, acabou falando de mais e sendo detido por desacato a autoridade.

Suzana aliviada com a partida dos dois foi dar uma ultima conferida na sua oferenda e não acreditou no que viu, quer dizer, no que não viu. O maço de cigarros, a garrafa de champanhe e os cigarros acessos haviam sumido. Novamente o desespero tomou conta de Suzana. “Será que a Maria Padilha já passou por aqui? Mas rápido assim? Será que foi ela naquela hora em que senti um fedozinho?” Até que caiu em si. “Minha nossa! Não foi a entidade, alguém passou por aqui, mas quem? Não tinha visto ninguém além do Policial e o do chato do Jorge.”
“E agora o que será de mim?” Pensava Suzana, choramingado apreensiva com o seu futuro.

Depois do ocorrido Suzana nunca mais foi a mesma, vivia com medo da Maria Padilha pela violação da oferenda, pensava que devia ter ido a outra rua, talvez mais cedo ou quem sabe um pouquinho mais tarde. Com medo de sofrer represarias da entidade se agarrou ao Santo Expedito, aquele das causas impossíveis. Também coleciona amuletos da sorte e acha que sua vida deu uma estagnada desde a oferenda mal sucedida.

Atualmente tem todos os CD’S, DVD’S e livros de todos os padres cantantes e escritores que já ouviu falar e dos que nunca ouviu falar também, quase não sai de casa, é católica mais que fervorosa e nem pensa em voltar para umbanda. Sua mãe anda lhe aconselhando a buscar ajuda espiritual em outro lugar quem sabe com os kardecistas. “É minha filha só pode ser Karma, coisa de outras vidas. E se você não resolver isso agora nessa encarnação a pendenga vai ficar próxima”. Dizia sabiamente Dona Erinalva.
Suzana estava quase cedendo aos conselhos e apelos da mãe, mas essa é outra história.

O Pêu? Passa diariamente pelo poste da rua em T, na esperança de mais cigarros, bebidas ou quem sabe comidinhas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Suzana, Maria Padilha e a Oferenda - Parte 2

A listinha que Suzana recebeu da Maria Padilha solicitava:

- 1 pedaço de Cetim Vermelho
- 3 Velas Vermelhas
- 1 Maço de Cigarros
- 1 garrafa de Champanhe Rosê
- 3 Rosas Vermelhas

Modo de preparo:
Em uma Quarta Feira, entre 21h00 e 23h30, estender o cetim vermelho em uma rua em T, acender as 3 velas com a mão esquerda, acender 3 cigarros do maço com a mão esquerda, acrescentar o champanhe e as rosas vermelhas.

Suzana teve dificuldades em encontrar a rua em T ideal, nem tão perto da sua casa, nem tão longe, escura ou escondida. Na verdade teve dúvidas sobre o que seria uma rua em T. Teve mais dúvidas ainda sobre como acender direito as velas e os cigarros, “devo segurar com a mão esquerda ou riscar o fósforo com a mão esquerda e segurar as coisas com a mão direita? Ai meu santo...”.
Também foi difícil achar um champanhe rosê que não fosse tão caro e que fosse o rosê ideal, alguns eram vermelhos demais, era o que Suzana achava. E as rosas? Deveriam estar abertas? Ou podiam ser rosas em botão, será que fazia diferença? É que Suzana passou por 3 floriculturas e só encontrou rosas em botão.

Mesmo com todas as dúvidas e inseguranças Suzana conseguiu fazer sua comprinha. Dirigiu-se a uma rua que parecia ser a ideal, o relógio marcava 23h00.
Suzana não queria ser vista fazendo sua oferenda e achava que as entidades deveriam ser mais discretas, aceitando oferendas feitas em casa ou em ambientes fechados. “Será que na rua o acesso das entidades as oferendas é mais fácil?”, pensava Suzana.

Pois bem, parou no ponto escolhido com sua sacola, sacou o cetim vermelho e forrou o chão cuidadosamente, nesse momento eis que passa um carro, Suzana dá uma disfarçada, o carro se afasta e ela continua. Começa a acender os cigarros, tem muitas dificuldades já que nunca fumou na vida e não sabe se tem um jeito certo de acender, se o cigarro precisa ser tragado ou só aceso mesmo. O mesmo carro volta, passando bem devagar. Suzana está lá, com cigarro na boca tentando acender, não deu pra disfarçar, não como ela gostaria. Novamente o carro se afasta.

Pronto, Suzana já tinha conseguido acender os cigarros e as velas, as velas com dificuldade já que ventava um pouco. E o champanhe devia estar aberto ou fechado? Sim, Suzana teve muitas dúvidas durante todo o processo. Optou por deixar a garrafa fechada, estava finalizando com as rosas quando o mesmo carro voltou pela terceira vez. O carro parou do outro lado da rua, e o cara que estava dentro abriu o vidro. Suzana estava morrendo de vergonha e um tantinho assustada.

- Ta fazendo o que aí Gata é despacho?
Suzana não sabia o que responder, ficou quieta.
- Já terminou? Quer uma carona?
- Não pego carona com estranhos, nem falo com estranhos.

Disse Suzana
- Ô Gata, aqui não tem estranho não, sou o Jorge do seu condomínio não ta me reconhecendo? E pode largar despacho assim na rua? Não é proibido não? É que sei lá né em São Paulo é tudo proibido agora, até coxinha em cantina de escola, quanto mais frango na esquina.
- Jorge? Ai meu Deus não acredito.
Pensou Suzana e disse: Aqui não tem frango nenhum, nem despacho é só uma oferenda light. E muito obrigado mas não preciso de carona não.
- Diz aí é namorado que você pedindo? Pergunto por que tô solteiro e nunca se sabe.
- Dá pra você me deixar paz? Que saco
Disse Suzana já meio alterada.
- Êeeeeeeeeee Gata, não precisa ficar brava não, vou descer pra gente conversar.
E foi saindo do carro.
- Você não chega perto de mim, eu grito ta entendendo, eu grito.
Jorge desceu do carro e foi chegando perto de Suzana, que já estava histérica aos gritos.

Nesse momento passa um carro de polícia, obviamente para e vai checar o que está acontecendo. A polícia já desce com arma em punho mandando Jorge encostar e querendo saber o que esta acontecendo.
(Continua...)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Suzana, Maria Padilha e a Oferenda

As imagens contidas neste post são obras de Rubem Valentim

Suzana a mesma do Post: Suzana os Pretos Velhos e a Pinga com Mel, que estava tentando cuidar melhor do seu lado espiritual foi conhecer outro espaço religioso “não católico”. Lá também tinha muito defumador, a batucada também era boa e as pessoas também batiam na palma da mão como nas Rodas de Samba. O espaço não era grande, não tinha arquibancadas, a Mãe de Santo era uma loira, bonitona, sacolejante, de olhos claros.
Era noite de Gira de Esquerda?”. E Suzana como da primeira vez não tinha muita noção do que isso significava. Depois de muita cantoria e fumaça a Mãe de Santo incorporou o Caboclo Ventania, que deve ser o “santo titular” da casa, depois vieram as Pomba Giras, cantando, dançando, jogando e enfeitando os cabelos, fumando.
Suzana, como muitos que estavam ali foi ter uma “consulta” com a Mãe de Santo, que já não era mais o Caboclo Ventania e sim a Maria Padilha. A entidade falou um quilo e meio de verdades para Suzana a elogiou, criticou, apontou o dedo pra ela e sorriu amigavelmente também.

- Mas você sabe por que isso acontece com você não é mesmo?
- Chatinha, sempre assim querendo irritar, as vezes nem você se suporta. É ou não é?
- Covarde, tem que ir de cabeça nas coisas e você sabe que não faz isso. Sabe ou não sabe?
- Não adianta eu abrir caminho aqui se você não melhorar essa cabeça cabeçuda, ta entendendo? Anota o que você vai fazer: ...

Suzana ouvia as coisas que Maria Padilha dizia com atenção, às vezes com raiva, às vezes meio assustada, às vezes concordando, às vezes querendo discordar mas sem poder já que se tratava de um quilo e meio de verdades. Além do quê, não deve ser muito bom se indispor com entidade nenhuma não é mesmo?
Bom, Suzana tomou um passe poderoso, pegou a listinha contendo itens e instruções para a sua oferenda e saiu esperançosa, cheirando a fumaça, muita fumaça (de defumador, cigarro e charuto tudo misturado) e já exercitando a questão do pensamento positivo.
(continua...)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Na bolsa da garota


Estava lá, na bolsa da garota:


Sapato sem a ponta do salto, papel higiênico, carteira sem dinheiro, bilhete sem passagem, livro, necessarie sem batom, pente, corrente sem pingente, um buraco, dois buracos, “fundo falso” com moedas, moedas de um centavo, farelos, coisas vencidas, coisas inúteis, caderno, fone, telefone, espelho quebrado e uma foto de alguém que não ficou no passado, nem é seu namorado.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Inveja da Irmandade

Devo confessar, tenho um pouquinho de inveja da irmandade que existe entre os homens. É verdade, eles conseguem manter os laços de amizade sempre ativos. Independente do que aconteça em suas vidas os “compromissos” entre amigos se mantêm intactos, seja o Happy Hour de sexta feira, que pode ser semanal, quinzenal ou mensal, o Futebol de final de semana que normalmente termina em churrascada (e aterroriza algumas namoradas e esposas) ou ainda aqueles encontros pra jogar Pôquer, Bilhar ou qualquer outra coisa. Não importa se o cara acabou de casar ou de ter filho ou de perder o emprego, tudo é motivo para esses encontros, seja para comemorar ou não.
Entre as mulheres não é bem assim, pelo menos não com as mulheres que conheço. Parece que o convívio entre amigas, os bate papos, as bebedeiras e afins vão perdendo a importância conforme o tempo vai passando, e a vida mudando. Se a garota está namorando, ou casou, ou está muito bem no novo emprego, ou cansada porque trabalha e malha, ou muito feliz com sua vida e afins, não precisa mais sair para encontrar ou conversar com ninguém, afinal está satisfeita não tem do que reclamar, não tem pitangas para chorar, enfim... Chego a conclusão que muitas mulheres se encontram com mais freqüência quando não estão bem, pelo menos não afetivamente, aí bater papo é necessário e elas ficam por aí unidas, sorridentes e tristes já que não está tudo nos trilhos. Só que estão tristes fingindo que não estão. Isso explica a bebedeiras ao som de gargalhadas, abraços carinhosos e juras de amor eterno.
Não estou exaltando os homens e criticando as mulheres ou vice versa, é que tenho uma pontinha de inveja mesmo. Em tempos muita pressa, muito trânsito, relações virtuais e solidão o convívio entre amigos faz falta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dar de cara com a porta

Com o muro, com a fila, enfim...

Chegar a uma festa que acabou de acabar;
Ir visitar alguém que acabou de sair, mesmo com a visita confirmada;
Se programar para ir trabalhar com uma determinada roupa e se atrasar, porque a mesma estava no varal e você não conseguiu pensar em outra roupa a tempo;
Ir comprar aquele DVD que estava em promoção e não conseguir porque o mesmo acabou;
Não chegar a tempo para pegar o autógrafo do seu autor preferido;
Perder uma suuuper oportunidade porque chegou 10 minutos depois;
Sair pra comer pizza e o queijo ter acabado;
Ir ao cinema ver O Lutador (entre outros) e não conseguir porque o filme saiu de cartaz;
Não encontrar mais o seu perfume preferido porque o mesmo saiu de linha;
Nunca mais conseguir usar aquele vestido incrível porque o mesmo não serve mais (nem na próxima vida);
Não conseguir ver nenhum dos três filmes comprados no camelô porque nada no mundo lê aquelas mídias;
Etc. Etc. Etc...

São coisas péssimas. Existem mais coisas que são péssimas eu sei, mas por hora me lembrei dessas e de outra que muito me irrita. As pessoas que chegam cedo demais. Isso acontece muito em shows e em espetáculos teatrais, quando os mesmos são gratuitos, claro.
Exemplo: o show está marcado para as 18h30, a recomendação é para retirar ingressos com uma hora de antecedência, mas os infelizes chegam ao MEIO DIA, isso mesmo MEIO DIA. E o show não é de um super astro do Rock ou algo parecido. Ta, ta, tô irritada porque aconteceu comigo é o que muitos vão pensar. Ok, realmente aconteceu comigo, sábado à tarde, em Pinheiros, perdi, perdi um “encontro” com o Zeca Baleiro. Digo encontro porque era a proposta do evento uma coisinha mais intimista sabe?!
A primeira pessoa da fila era uma senhora bem desocupada que chegou ao local MEIO DIA. Eu cheguei as 16h50, ou seja, muito antes do recomendado, achando que estava tudo certo, repassando as músicas pra não fazer feio. Feliz com a certeza de que eu seria uma das 150 pessoas presentes no encontro. Mas não, não fui, nem eu nem os infelizes que estavam na minha frente, e os outros infelizes na frente dos infelizes da minha frente também não.
Pensei "vou fingir que não liguei" e fui dar uma passadinha na Benedito Calixto. A essa altura a feira já estava acabando, tudo bem eu não ia comprar nada mesmo a não ser um bolinho de bacalhau que já tinha acabado, me contentei com um pastel, dei mais uma voltinha entrei em uma lojinha, achei umas bolsas que tinham lá interessantes antes de ler o preço claro, mais do que super faturado. A vendedora veio sorridente na minha direção.
- Posso ajudar? (ela disse)
- Tô só passeando (eu disse, com um sorriso do tamanho do dela).
Mas a vendedora não gostou da minha resposta, nem do meu sorriso. Virou as costas e saiu sem sorriso nenhum.
Eu fui embora sem show, nem bolsa ou noite feliz. Até o próximo evento claro, que rolou logo depois. É a noite não estava perdida, ainda.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sobre Paixões

Tem uma coisa acontecendo comigo. Estou completamente apaixonada pelo Paulinho Moska. Eu sei, ele não me conhece, nunca me viu, na verdade nem sabe que eu existo. Eu também nunca o vi pessoalmente só em capas de CD'S, nem em vídeos nunca o vi, mas o ouço com certa frequencia, aí aconteceu, simples assim.

Já é a segunda vez que isso acontece, ano passado também me apaixonei por ele e agora (hoje de manhã) aconteceu de novo. É, sou assim meio volúvel. Estou sempre apaixonada por algum desses moços geniais, talentosos e que não sabem que eu existo. No momento é o Paulinho (o Moska), mas amanhã ou mesmo depois do almoço pode ser outro. Semana passada eu estava apaixonada pelo Diogo Nogueira, mas foi uma paixão rapidinha. Pelo Lenini vivo me apaixonando, já com o Zeca Baleiro é paixão eterna. As vezes esqueço que sou apaixonada pelo Pedro Mariano, mas é só ouvir uma musiquinha sequer que começa tudo outra vez como diz a música do Tim Maia que aliás também é apaixonante.

Será que sou uma garotinha muito dada???? É que vivo me apaixonando por toda essa gente.
Eu citei o Paulinho da Viola? Aquela calma... Uma calma apaixonante já viu isso? Também tem a mistura simpatia e vozeirão do Simoninha. Ai, ai (suspiro apaixonado).

E isso sem citar as mulheres. É me apaixono por algumas mulheres também, que também são lindamente geniais e claro apaixonantes, mas esses dias tá rolando mais com os homens.

Mas amor, amor mesmo é aqui pelo meus ouvidos.
E hoje é Sexta feira não é mesmo??!!! Um dia bom, eu acho, fico mais propícia a essas paixões quando vai chegando o final de semana.
Acho que preciso de um gravador, minha memória não é lá essas coisas. É que tenho certeza que ontem a noite tinha pensado em alguma coisa que eu queria escrever aqui, mas como eu já estava na cama... Se eu lembrar volto.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Viva a Karina ao Ray e ao Cartola

Essa gatona é a Karina Mello, atriz da Cia. de Teatro Encena, hoje é aniversário da Karina.
Parabéns pra você viu Karina! Uma moça querida e mais que linda. Tudo bem, não nos falamos tanto quanto deveríamos quando não estamos em temporada, isso não é bom, mas acontece. Aliás acontece com toda a galera da Encena né gente?! Sinceramente não sou lá muito chegada a essa coisa de amigos a distancia, sim sou carente de amigos o que posso fazer???... Gosto de estar perto das pessoas que gosto e admiro e esse é o seu caso tá dona Karina???
Tudo do bom e do melhor pra você, que essa idade seja mesmo a idade do sucesso e dos amores e da saúde enfim... Viva a Karina!
E viva ao filme Ray que é mais que lindo também (ví o filme de novo, sei lá pela terceira vez acho, essa é outra mania, não consigo resistir , posso ter assistido ao filme 10 vezes mas se for um filme que eu gosto é batata vejo de novo. Não importa o dia nem a hora, vejo de novo, um saco isso). Cheio de gente talentosa, que máximo é o trabalho do Jamie Foxx o ator que faz o Ray, cheio também de super canções e emoções, agente chora e é feliz vendo o filme olha que loucura.
Cinema é um troço que por sí só já é bom, quando envolve música então nem se fala, eita dobradinha boa essa de cinema e música. São coisinhas que me fazem feliz. Viva ao filme Ray!
E viva ao Cartola! As mais que lindas canções do Cartola, as poesias do Cartola...
Conselho: Ouve o tiozinho de manhã, é mudança de humor no ato, aconteceu comigo hoje, juro. Você pode estar com sono, com fome, pode estar atrasado, não amar o seu trabalho, ter pego ônibus lotado... não importa, ao som do Cartola as coisas ficam mais bonitas. Ai, ai (suspiro).
E viva ao Cartola!
Pois é, hoje o dia está bom.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Suzana os Pretos Velhos e a Pinga com Mel

As imagens contidas neste post são obras de Rubem Valentim

Já fazia um certo tempo que Suzana achava que não tinha mais religião. Ok sua “formação” era católica como a de muitos brasileiros. Foi batizada, fez 1ª comunhão enfim... Mas não gostava mais da igreja, nem do papo evangelizador dos Padres Cantantes ou da chatice dos Bispos e Papas (com exceção do “Papa Pop Morto”, desse ela gostava). Também gostava das histórias dos Santos, tão dramáticas, teatrais. Da história do Jesus também gostava, acreditava nessa história inclusive, deve ter passado por mudanças ao longo do tempo e de acordo com os objetivos de quem contava, mas Suzana não achava que uma história conhecida por tanta gente no mundo inteiro e em tempos diferentes seria de todo mentira.

Suzana começou sentir necessidade de cuidar mais do seu lado espiritual sabe???!!! Não era balela não, é que ela achava que as pessoas não podiam ficar largadas, espiritualmente falando, nesse mundão de tantas coisas esquisitas. Por um tempo achou que a terapia de bar e os pequenos prazeres bastavam, mas não.

Lembrou-se da primeira vez que esteve em um espaço religioso “não católico”, ainda era criança, devia ter uns 11 anos, foi com a mãe, que por sua vez foi convidada por uma amiga que estava sendo levada ao espaço pelo marido, que na época era candidato a alguma coisa e estava atirando para todos os lados.
Suzana sequer se lembrava do nome do terreiro, lembrava que era noite de “Preto Velho”, na época não fazia a menor idéia do que isso significava. O lugar era bem ajeitado, todo decorado, com muitas imagens e muito defumador, estava cheio e os visitantes se acomodavam em uma arquibancada. Derrepente, eis que começa uma batucada, animada por sinal, todo mundo cantava e batia na palma da mão, até parecia com as Rodas de Samba que Suzana frequenta hoje em dia. Tinha uma Negrona no meio do Terreiro que obviamente era a Mãe de Santo, lá pelas tantas ela preparou uma bebida num coco, bebeu, deu pra galera que estava com ela dentro do terreiro, depois passou para a arquibancada. O povo da arquibancada pegava o coco, bebia do coco, e passava o coco para o vizinho do lado. E foi rolando um passa-passa até que o coco chegou às mãos da mãe de Suzana. No meio terreiro alguma coisa tinha acontecido, Suzana tinha ficado observando o trajeto do coco e perdeu a transição daquelas pessoas. Elas haviam se transformado, todos pareciam velhinhos, que doidera! Andavam curvados, tremiam as pernas, alguns dançavam devagar, outros nem conseguiam andar, todos fumavam, alguns bebiam e havia os que fumavam e bebiam.

“O que aconteceu com eles mãe?” perguntou Suzana.
“Eles incorporaram minha filha, você não ouviu que hoje é noite de Preto Velho?”
“Incorpo o quê mãe?”
Perguntou Suzana.
“Ai menina deixa de tanta pergunta, agora bebe.” E tentou passar o coco para Suzana.
“Eu que não vou nem pegar nesse troço, todo babado”.
Nesse momento a Mãe de Santo parou o que estava fazendo e olhou na direção de Suzana e ordenou: “Pode pegá i bebê”. Suzana olhou para a mãe (Biológica, não a de santo) com os olhos mais que arregalados, estava apavorada. Mãe e filha ficaram um tempinho numa espécie de queda de braço, uma empurrava o coco para as mãos da outra.
“Pega filha dá um biquinho só”. Disse a mãe de Suzana.
“Eu não, que nojo”. Pegou o coco da mãe e passou pra pessoa do lado.
Vai tê qui pegá, e vai tê qui bebê”. Disse a Mãe de Santo lá do meio do Terreiro.
“Não vou beber mãe, tô com medo, e se eu virar Preta Velha igual eles?”
“Deixa de besteira Suzana, dá um bico”.


Suzana levou o coco a boca, fingiu que bebeu e passou pra pessoa do lado.
“To falando qui é pá bebê”. Disse a Mãe de Santo, muito brava aos olhos de Suzana, que com lágrimas nos olhos deu um biquinho no liquido. Depois mais um biquinho, e um golinho e um gole maior.

“Ai mãe é doce, o que é que tem aqui?
É Pinga com Mel mocinha”. Disse a pessoa que estava do lado de Suzana.
Hum... É docinho, gostosinho”. Disse Suzana dando mais um golão.
“Tá bom filha, pode passar o coco”. Disse a mãe de Suzana.
“Espera aí mãe, só mais um golinho”.
É pá passá qui tem mais fio pá bebê”. Disse a Mãe de Santo.
Com certo custo Suzana passou o coco a diante.
Até hoje bebe pinga com mel, diz que a bebida é boa, barata, docinha e ainda faz bem pra garganta.

Há pouco tempo já adulta, bem adulta por sinal, Suzana voltou a um terreiro. Não era o mesmo, nem era noite de Preto Velho, era Gira de Esquerda, mas essa é outra história...

domingo, 3 de maio de 2009

Algumas coisinhas que adoro.

As metáforas do Lenini
As rimas do Zeca Baleiro
As poesias do Cazuza
A doçura da Vanessa da Mata
A intensidade das Chicas
O swing do Tim Maia
O "quê" de anjo da Marisa Monte
A "coisa" da Maria Rita

Tem mais. Mas deixa pra próxima.
 
Era pra ser Ursula. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino